você dança conforme a música ou segue a coreografia?
o que aprendi numa "festa" onde era proibido conversar, usar o celular e se comparar
Imagina o seguinte: você em um lugar com dezenas de desconhecidos onde é proibido usar o celular, conversar e a única regra é dançar conforme a música te faz sentir, sem pensar no que os outros vão pensar. Como isso te faz sentir?
Um mês atrás, eu surtaria só de pensar nessa possiblidade. Já nesse final de semana, foi exatamente isso que me permiti (me forçei) a viver aqui em Koh Phangan, uma ilha na Tailândia cheia de atividades diferentonas ligadas à expressão e espiritualidade, bemmm fora da minha zona de conforto e imagino que da maioria.
Acontece que desde que comecei a viajar sozinha me coloquei em ambientes onde absolutamente ninguém me conhecia - então não tinha a opinião de ninguém sobre quem eu era ou o que eu deveria fazer. Parei de ter tantas certezas sobre quem eu era e passei a dizer mais “sim” a situações que a Julia de antes jamais se colocaria.
E assim fui parar em uma sexta-feira numa ecstatic dance, ao redor de uma fogueira, dançando de olhos fechados e tentando me livrar do pensamento “o que os outros vão achar?”. Disse tentando, porque realmente é muito desafiador se permitir dançar conforme a música, e não seguindo uma coreografia - já entendeu que isso não é sobre dança, né?
Me senti orgulhosa só de ter dito sim. De ter passado a resistência do “não consigo” pro “ah, pelo menos vou tentar”. Gostei desse rolê? Até que sim, mas o mais importante é sentir que atravessei mais uma fronteira dentro de mim. Uma estrada que não necessariamente preciso percorrer, mas pelo menos sei como me senti e não fiquei na dúvida do “e se”.
O primeiro episódio do podcast da minha amiga Manoela Nagib fala exatamente sobre isso e recomendo que você escute por aí:
Só comece. Fique desconfortável. Atravesse novas fronteiras. Busque novos ambientes.
É lindo demais conquistar essa liberdade de se (des)conhecer.
O que isso reverbera por aí? Te leio!
Um abraço e boa semana,
Ju
Nossa, fiquei super curiosa sobre essa experiência, Ju.
Não é de hoje que venho pensando nisso, mas tanto seu texto quanto o podcast da Manu reforçaram a importância da minha reflexão sobre quanta coisa incrível já deixei passar por medo do que os outros vão pensar.
Fato é que a gente nunca se arrepende de quando escolhe se abrir para o novo, pq são nessas ocasiões que descobrimos que a melhor parte da vida acontece justamente onde quase dissemos não.
Espero de coração que a gente lembre sempre disso e leve pra vida!
PS: Você já leu "O ano em que disse sim" da Shonda Rimes?