se tudo fosse possível, quem você seria?
existe uma cultura onde a pluralidade dos caminhos é celebrada ao invés de condenada
Se tudo fosse possível, quem você seria? E aqui eu não estou falando de uma profissão, mas sim de como viveria seus dias, que hábitos teria, no que acreditaria….
Não seria lindo um mundo que o caminho de um artista é tão celebrado quanto o de uma advogada? Uma realidade paralela onde cada um é livre para trilhar a vida do jeito que bem entender, respeitando a sua essência… seria utópico demais?
Eu pensava que sim, até chegar aqui, no Lago de Atitlán na Guatemala.
Para os maias, o dia que você nasce define a essência que você trará ao mundo - e sabendo disso, toda a sua criação é intencional para que você expresse o melhor dessa essência.
Cada dia é regido pela energia de um nahual - explicando de forma bem simplista, é similar ao nosso signo. O meu nahual, por exemplo, é o Q’anil. Pessoas nascidas no dia de Q’anil podem aflorar a sua criatividade e são bons para plantar e criar projetos.
Isso significa que na cultura maia, desde pequena já me estimulariam propositalmente a aflorar meu lado artístico e agricultor, por exemplo. Já alguém com um nahual voltado para outras áreas da vida, teria outra criação. Não é muito doido?
Segundo os maias, todo ser vivo existe por um motivo específico. O ser humano veio com um único propósito: ser grato pela sua vida. Uma tarefa tão simples mas tão complicada. Talvez por justamente estarmos afastados das nossas essências ao perseguirmos um único caminho, ignorando o que faz cada um de nós único.
Por isso eu me pergunto e te pergunto, se tudo fosse possível - porque é - quem você seria?
PS: você pode descobrir o seu nahual aqui
Que interessante Júlia, não sabia sobre isso! Seu texto veio num momento propício a novos caminhos por aqui, obrigada pela luz rsrsrsr